se os chinelos do ditador falassem...
11 de outubro de 2010
Guerreiros caídos do céu a marchar na janela, a sobrevivência das que avançam sobre as que ficam, faço corridas e apostas e ganho sempre; milhares de tambores a rufar estilhaçando o vidro e o vento nas árvores a marchar a compasso de metrónemo desregulado. Sim, sobretudo o vento nas árvores a arrancar os pardais e os melros dos ninhos; empurrá-los de norte para sul com a espuma das ondas e a revolução da areia, as gaivotas abrigadas nos montes de algas - olhem o que o mar traz à costa, o que o mar cria o mar dá e o mar tira, porque ao mar pertence para pôr e dispôr. Desculpa Pessoa, mas hoje o céu espelhou o mar.
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